AVOOOOOOOA
Galeri, fecho hoje este didimocolizemos.
Levarei o arquivo comigo para o AVOA DINOSSAURO.
Agora vamos por lá.
FRT ABS
Genilda
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Apenas para registrar a beleza das rifas com nomes próprios. Por onde andavam?
Hoje me ofereceram essa. Tamanhemossão. Comprei a Genilda. Se o prêmio fosse uma caneta, eu ainda compraria a Genilda. Nem quero ganhar o prêmio, quero apenas ver Genilda vitoriosa.
Passei muitos anos comprando todas as NORMAS de todas as rifas que apareciam pra mim, só pela piada.
Afinal era o único jeito de comprar uma REGRA ou um MODELO. Mas as normas obviamente nunca me deram nenhuma alegria.
Daqui em diante só comprarei GENILDAS, algo me diz que são mais autênticas e de muito muito tino.
(…)
A indolência dos indígenas brasileiros, em minha opinião, provém das muitas distrações de seu espírito: este constantemente ocupado, e variando os mais agradáveis quadros; as mais interessantes belezas em suas imaginações fazem que achem a vida de espírito tão superior à da matéria, que de nada cuidam mais que buscar o alimento indispensável ao corpo quanto instigado pela fome!…
(…)
Qorpo Santo in Miscelânea Quriosa
olha durant toda esta minha caminhada pela bola
que vocês chamam de terra outros de água
ou como carinhosamente já apelidaram
um amigo balofo no colégio
só consegui contrair
UMA certeza
– aprendam
o nome disso
é sabedoria –
e por isso gostaria
de didivi-la passem
para seus filhos
não há
sequer
UM ser
que também caminhe
conosco pela bola
– há quem a diga
achatada –
que não tenha
não teve
ou nunca terá
uma toalha
bordada
é importante
que seus filhos
passem pros deles
esta verdade
mas se não tiverem
filhos netos tudo bem
sempre terão toalhas
bordadas.
Um lugar mindinho meu
Gostaria de reviver a moda lançada por Roberta Miranda nos anos 90: pintar somenth o mindinho de vermelho. Close na mão esquerda:
Me pergunto por que tão nobre estilo se perdeu. Ou ainda: terá sido superstição? Promessa?
Pelo que me lembro, da estante de disco da minha avó, este não é o único disco no qual Roberta estampou este gracejo.
Jorge, conto com sua influência e kharisma.
:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::Atualizando com uma valiosa informação de Samcaçambao: “é a unha que o josé rico, da dupla milionário & josé rico, usa até hoje. Daí a saber quem influenciou quem (rs…)”.
Gent isto é muito chocante vamos averiguar.
Queu vo pra seu enterro, mizéra
(…)
Teotônio é que vivia na rua. Um dia, na Praia Vermelha, meteu-se numa aventura escandalosa. Andava às voltas com uma rapariga geniosa que, quando ele menos esperava, lhe desfechou uma porção de tiros, tomada de ciúmes. Os tiros falharam, porque a moça tinha má pontaria. Mas houve grande escândalo e um jornal qualquer publicou uma reportagem sensacional sobre o incidente. Teotônio procurou impedir que a notícia chegasse à sua casa, mas Dona Guiomar, naturalmente, acabou sabendo de tudo. Já estava ficando velha e tolerava todas as infidelidades e todos os abusos do marido. Daquela vez, porém, sentiu-se atingida pelo escândalo e desmoralizada pela infâmia de Teotônio:
— Você acha que devo me suicidar, Juju?
Formulou essa pergunta à filha mais velha no mesmo tom em que interrogaria a respeito do vestido com que tivesse de ir à missa.
— Ora essa, mamãe! Eu posso lá saber? A senhora é que sabe.
(…)
Velórios [1936], do Rodrigo M. F. de Andrade, a cada conto que termina só me lembra o melhor video do mundo:
Vai morrê palá você, disgrassa
montanha de pedras atiradas
O escritor tem de ser quatro pessoas.
1) O pirado, o obsédé
2) O idiota
3) O estilista
4) O crítico
1 fornece material; 2 deixa ser publicado; 3 é o gosto; 4 é a inteligência
Um grande escritor tem todos os quatro – mas é possível ser um bom escritor só com 1 e 2; são os mais importantes.
Diários [1947-1963], Susan Sontag
ROUPA COM CHEIRO DE MALA
Amelinha: por onde anda?
É o que me pergunto há algum tempo.
Grande poeta e intérprete de Fagner, Ednardo, Belchior, Walter Franco e Zé Ramalho.
Já que não tenho notícias, resolvi matar a saudade reunindo nove belas canssões de seu espólio.
Um espante este fruto do Ceará.
ROUPA COM CHEIRO DE MALA
Artista: Pequena Amelia
1. Ponta de espinho
2. Galope rasante
3. Dez mil dias
4. Frevo mulher
5. Flor da paisagem
6. Foi Deus que fez você
7. Santo e demônio
8. Dia branco
9. Divindade
ABAIXE se tiver corassão.
a vida é sonho a vida é sonho a vida é sonho
minha alegria
minha alegria permanece eternidades soterrada
e só sobe para a superfície
através dos tubos alquímicos
e não da causalidade natural.
ela é filha bastarda do desvio e da desgraça,
minha alegria:
um diamante gerado pela combustão,
como rescaldo final de um incêndio.
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A poesia não tem lugar nobre pra acontecer. Não é só o mármore como os parnasianos, os cultores do monte parnaso pensavam. A poesia não tem só locais, ou materiais nobres, ela usa os mais diferentes materiais, não há vulgaridade pra ela, você pode restaurar, é um trabalho intenso, é um trabalho construtivista, não o construtivismo de 100 anos atrás, é um construtivismo dos nossos tempos, de quem está com olhos novos para o novo, com ouvidos abertos, e também com capacidade de ler diferentes tradições, não ficar ensimesmado, isolado.
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Não suba o sapateiro além da sandália
– legisla a máxima latina.
Então que o sapateiro desça até a sola
Quando a sola se torna uma tela
Onde se exibe e se cola
A vida do asfalto embaixo
e em volta.
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Waly Salomão de vários jeitos no Pan-cinema Permanente