Archive for December 2009
Não vai ter pra Patrícia Poeta
O programa Entrelinhas, da TV Cultura, fez uma entrevista comigo, com o Bruno Aleixo e com o Didi.
Foi uma conversa divertida poética e purezinha com a Paula Picarelli.
Vai ao ar no último programa do ano, dia 27 de dezembro, um domingão, às 21h30.
Você, que é fã do Fantástico, faz um esforço!
Quem perder é playboy, mas vai ter uma segunda chance de ver no canal da Cultura no Utubs.
Metradivarius
Já pegaram o metrô novo da linha verde de Çampaulo?
Aquele que parece um ambulatório por dentro, é amplo, tem ar condicionado e acende as luzinhas conforme vão chegando as estações.
Mas, apesar de todos esses efeitos especiais, o que mais me chama a atenção é que toda vez que ele vem chegando na estação começa a tocar FAZ PARTE DO MEU SHOW, do Cazuza.
E como agora tem poemas espalhados em toda as estações – viva! – eu pensei, seilá, que era uma proposta diferente ter também música. Mas não consta que o Cazuza esteve envolvido em algum acidente férreo, então comecei a desconfiar da homenagem.
O que me intrigou primeiro é que é só o começo da música: um violino entrando manso porém estridentemente brilhante, que poderia também ser o aparecimento de uma faca num filme de suspense.
Aí vi que não, a música não ia se desenvolver nunca mesmo porque era só uma coincidência de metais e aços com memória poética auditiva.
Mas que é IGUAL, é.
Prestem atenção na música e depois vocês se lembrarão dela quando o metrô novinho chegar.
Tribuna
Jornal Tribuna do Nordeste (São Luís – Maranhão)
Suplemento Tribuna Cultural – 29 de novembro de 2009
Para ler melhor aqui.
Mas quá, despertei
Ainda bem que o Zizão me lembrou dessa música, que o pai dele botava pra ele ouvir e que minha avó sempre cantava.
Segundo o Fantástico de 78, as discotecas do Rio e de SP estavam tocando este autêntico samba de roda da Bahia.
duPORRRRRRRRRTO
Eduardo Coelho assina desde outubro uma coluna mensal – A voz do Brasil – na revista portuguesa de literatura LER.
Na primeira, ele comenta sobre a ENTER, a polêmica do JP com a Argumento, o livro novo do Humberto Werneck, as publicações da antologia de Ruy Belo e de António Franco Alexandre no Brasil etc.
No blog tem uma boa parte da coluna, mas o navio quebrou e ainda não tenho em mãos a versão impressa.
Segue o trecho em que Eduardo diz apostar em mim e no Jura o trófeu que ganhou no Campeonato de Biribinha Para Jovens Piromaníacos de Nova Fruburgo, em 1952, e seu acervo completo da coleção Nossos Clássicos da primeira edição com notas de Alceu Amoroso Lima.
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Enter – antologia digital (http://www.oinstituto.org.br/enter/)
A antologia digital de Heloísa Buarque de Hollanda foi, sem qualquer dúvida, um dos acontecimentos do ano. Suas antologias são marcadas, desde os anos 1970, pela capacidade de antecipar os futuros ícones de cada gerações. Foi assim com as antologias anteriores, 26 poetas hoje e Esses poetas, ambas publicadas pela editora Aeroplano. Na primeira, dedicada à geração de 1970, temos nomes hoje incontestáveis como Ana Cristina Cesar, Antônio Carlos de Brito (Cacaso), Francisco Alvim e Waly Salomão, enquanto na segunda, dedicada à geração de 1990, estão, entre outros, Antonio Cicero, Arnaldo Antunes, Carlito Azevedo, Claudia Roquette-Pinto e Eucanaã Ferraz. Na novíssima antologia, o interesse foi ampliado: não apenas poetas, mas também cartunistas, ilustradores, contistas e letristas – todos pioneiros na divulgação de suas obras por meio da internet.
A originalidade da antologia não se restringe, contudo, ao grupo selecionado de artistas e obras: Enter é, por si mesmo, um livro digital, que não pretende, como de costume, se tornar um compêndio orgânico, a receber permanentemente novas peças. Além disso, há de se destacar que Heloísa Buarque recorreu a uma série de “instrumentos” que não funcionariam em papel: canções interpretadas pelos próprios compositores, links e vídeos com leitura de poemas, por exemplo. De certo modo, trata-se aqui do livro do “futuro”, repleto de novos recursos, que já atraíram repórteres de todo o mundo. Até a semana passada, Heloísa já tinha sido entrevistada por argentinos, franceses, norte-americanos, russos… todos interessados na nova antologia.
Entre os autores dessa antologia, Bruna Beber e Ismar Tirelli Neto despontam como os mais significativos da geração. A poesia de Bruna caracteriza-se por uma “dicção” sentimental, em diálogo franco com a música popular brasileira. Contudo, sua poética reduz a sentimentalidade ao mínimo gesto, à economia de palavras, ao ritmo às vezes sincopado e ao verso preponderantemente breve, de corte brusco, muitas vezes invadido por grande irreverência. A sentimentalidade então é descontruída e torna-se, dessa maneira, um campo engenhoso de experimentações formais. Já Tirelli Neto parece um artefato do cinema, capaz de criar variadas formas de representação. Seus poemas revelam um jogo cênico sofisticado, dramático e auto-irônico, a compor um sujeito desorientado diante dos conflitos: “precisamos de um plano. Um projeto. Um projétil”, afirma em “Rufus”, um de seus mais notáveis poemas. Se insistisse nas apostas que as antologias de Heloísa costumam provocar, as minhas fichas seriam lançadas nesses dois poetas.
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Tourada
Do blog do Marcelo Rubens Paiva:
boas notícias
marião está reagindo bem
já está consciente e falando por gestos
nenhuma infecção até agora
pressão sob controle
amanhã irão desentubar o cara
os boatos de que ele seria operado novamente são falsos
fica mais uns dez dias na utia recuperação será um pouco lenta
mas nao terá nenhuma sequelae carcarah já está fora do hospital
sente um pouco de dor, mas também nenhuma sequela
manu cuidará dele direitinhoquinta-feira faremos um show em homenagem à vida, ao teatro, ao rock and roll, à boemia, à poesia, à amizade e, lógico, ao amor.
será o show AMIGOS DO MARIÃO
no café aurora [13 de maio, 112, bixiga, tel 11/3255-5564], onde costuma se apresentar com a sua banda saco de ratos.
a ideia é reunir as bandas VELHAS VIRGENS, SACO DE RATOS, FÁBRICA DE ANIMAIS e todos aqueles que giram em torno do rei da ralé.